quinta-feira, 2 de junho de 2016

Do lado de cá


Caminhei pelas ruas da cidade e cães estressados me xingaram atrás de altas grades. As cercas elétricas e os jardins cinzentos derrubam meus sonhos e esvaziam pensamentos. A betoneira da construção em frente me sacode no entardecer: preciso encontrar o que fazer quando crescer!
Em todas as ruas da cidade, cães raivosos me perseguem atrás de altas grades. Eles do lado de lá, eu do lado de cá. Do lado de fora não sei quem está.
Meus olhos e mente não mais se iludem: eu e todos os cães da cidade perdemos a alma e a dignidade!

Depois que decidir o que fazer quando crescer e agradar todo mundo – ser médico, administrador ou advogado – acatarei a vida com maior paciência, quando acabar essa adolescência.

(Tiradas do Teco, o poeta sonhador)

O PATIFE tá enrolando de novo

Quando fui acertar a conta no bar, pendurada nos últimos dias, o bolicheiro não encontrou, no caderno, o meu nome. Ao repassar a longa l...